O nome é a menor história que a marca conta. Começar uma empresa ou desenvolver um produto requer muito trabalho. Então, quando chega o momento da criação do nome da marca, também conhecido na versão em inglês – naming, nada mais justo que ter um belo nome e sem problemas para registro. O nome da marca é um reflexo direto de todo o seu trabalho. Veja nossas sugestões para criação do seu nome de marca ou contrate o nosso serviço de naming aqui.
1º passo: Pense nas características do seu negócio
Comece definindo quais características do seu negócio devem estar expressas na marca, se possível por meio de adjetivos. Escolha no máximo 4 dessas “ideias-força”, focando no que você quer que os consumidores percebam ao serem expostos os produtos e/ou serviços com a sua marca. Por exemplo, uma empresa de roupas esportivas voltada para o público feminino pode ter como ideias-força leveza, agilidade e feminilidade, entre outros.
Esse momento pode ser ideal, também, para que você perceba o que pretende identificar com a sua marca e lhe ajudará bastante, depois, no momento de classificar a sua marca para fazer o registro. Aprenda, clicando aqui, como classificar uma marca.
2º passo: Escolha uma estratégia de marca
Nesta fase de planejamento, é preciso decidir se você prefere uma marca fraca, que é menos distintiva mas entra com mais facilidade no mercado, ou uma marca forte, cuja individualidade exige um significativo trabalho de comunicação para se consolidar na percepção dos consumidores.
No primeiro caso, você precisará encontrar uma forma de tornar termos de uso comum, ou seja, comumente usados para identificar produtos ou serviços como o seu, de modo distintivo. No segundo caso, a ideia é inventar uma palavra capaz de identificar sua oferta sem alienar seus consumidores. Para saber mais sobre marcas fracas e fortes e suas vantagens e desvantagens, veja nosso post aqui.
3º passo: Crie e organize opções
Faça um brainstorm de possíveis nomes e organize os nomes em uma planilha como esta, destacando as que achar mais interessantes. Para facilitar a criação, você pode utilizar ferramentas como o WordMixer (http://unique-names.com/word-mixer.php) ou o Name Combiner (http://namecombiner.com), que misturam até 5 palavras para gerar novas, o Visu Words, que gera um mapa de significados bastante útil, outra ferramenta bastante interessante são as de sinonimos como http://www.sinonimos.com.br/ (português) ou http://www.thesaurus.com/browse/synonym (Inglês). Caso você tenha optado por uma estratégia de marca fraca, lembre de identificar as palavras de uso comum com fundo amarelo na planilha para se guiar.
LEMBRE-SE: o nome pretendido deve ter suficiente forma distintiva para ser aceito pelo INPI. Isso quer dizer que sinais de caráter genérico ou descritivo devem ser acompanhadas de elementos figurativos (desenhos ou imagens) que ajudem a reforçar a identidade da marca frente ao consumidor. Além disso, o artigo 124 da Lei de Propriedade Industrial determina elementos específicos que não podem ser registrado como marca. Os mais usuais são expressões de propaganda, cores e suas determinações sem suficiente forma distintiva, traduções literais, pseudônimos notórios (apelidos), sinais enganosos, entre outros. Para saber mais, leia nosso post a respeito aqui. sos, entre outros. Para saber mais, leia nosso post a respeito aqui.
4º passo: Verifique se as opções estão disponíveis para registro
Nesse momento, é interessante verificar a disponibilidade dos nomes que você criou, realizando uma busca junto ao banco de dados do INPI, ensinamos como fazer clique aqui, ou contrate uma busca e análise de marca. O objetivo é verificar se há marcas iguais ou similares à sua depositadas na mesma classe de produtos ou serviços. Nesses casos, marque a opção correspondente em vermelho na planilha e adicione o motivo nas observações (ex.: existe a marca X, de processo nº Y).
5º passo: Ouça seu consumidor
Sua opinião sobre a sua marca é muito importante, mas é a opinião de seu consumidor que vai determinar o sucesso de seu negócio. Por isso, aconselhamos fazer uma sondagem mercadológica para verificar a fonética e a primeira impressão de suas principais opções de nome, determinando se elas realmente atendem aos seus objetivos.
Imprima as 3 principais opções numa folha com fonte comum (como Arial ou Helvetica) e leve para um local com grande circulação de seu público-alvo. Mostre os nomes e faça as seguintes perguntas, lembrando de falar o mínimo possível: o momento é de aprender com seu consumidor, não defender sua criação.
-> “Como você lê essa palavra?” Em primeiro lugar, é essencial determinar como a pessoa lê os nomes que você criou, ou seja, a fonética. Anote exatamente como ela lê; vale até extrapolar nos acentos para demonstrar como você escutou a pessoa falar.
-> “O que te parece isso?” A seguir, devemos nos voltar para a primeira impressão do consumidor, ou seja, o que ele associa aos nomes em questão. Essa pergunta costuma ser mais delicada, pois as pessoas geralmente querem saber o propósito da pergunta e se preocupam em “responder corretamente.” Ressalte que seu objetivo é medir a percepção das pessoas e que, por isso, não existe uma resposta correta.
A partir da fase de coleta de informações, insira as respostas na coluna de fonética e de primeira impressão da planilha.
6º passo: Escolha uma marca vencedora
O melhor nome é aquele que combina boa fonética (ou seja, as pessoas leram de forma igual ou muito similar ao que você imaginava) e uma boa primeira impressão (medida em relação às ideias-força definidas no início do trabalho). Desses critérios, o segundo normalmente é o mais difícil de atingir.
Aqui, é importante relembrar os passos anteriores, sopesando cada critério relevante para a escolha. A estratégia de marca adotada e a registrabilidade da marca pretendida, por exemplo, devem ser sempre mantidas em mente.
Roberto Soraire | Linkedin
Administrador. Especialista em Direito Empresarial
Alex Blasi de Souza.