Como Fazer uma Boa Busca de Marca no INPI? Veja Aqui o Passo a Passo.


No post de hoje ensinaremos como fazer uma boa busca de marca no INPI. Isso mesmo! Vamos lhe mostrar o passo a passo para realizar a pesquisa.

Antes de mais nada, alertamos: Uma boa busca de marca exige tempo, conhecimento e experiência. Caso possível, contrate um profissional qualificado. Isso aumentará as chances de deferimento da sua marca.

Não só em razão da qualificação dos profissionais, mas também porque utilizam softwares específicos. Quer contar com nossos serviços? Contrate aqui.

 

1º Passo para uma boa busca de marca no INPI: Classificação internacional de Nice

Em primeiro lugar, para fazer uma boa busca de marca no INPI, é preciso classificá-la.

Antes de mais nada você precisa identificar qual é a classe (NCL) da sua marca. 

A classe vai dizer em qual mercado sua marca vai atuar. Em outras palavras, limitar as atividades.

Em razão da limitação de mercado, é possível que existam marcas com o mesmo nome. Há duas marcas VEJA, por exemplo. Uma para revistas e outra para produtos de limpeza. Ambas convivem no mercado sem confundir o consumidor.

Entretanto, você precisa saber exatamente qual é sua atividade. Isso por que alguns produtos e/ou atividades estão presentes em mais de uma classe.

Por exemplo, para uma marca que irá atuar no mercado da moda:

Temos a “Confecção de artigo do vestuário sob encomenda”, da classe 40.

Também temos o “Vestuário *” da classe 25.

Além disso, há o “Comércio (através de qualquer meio) de artigos do vestuário” da classe 35.

Como se vê, é preciso entender bem em qual mercado irá atuar a marca requerida.

Para aprender a classificar sua marca, clique neste link.

 

2º Passo: Busca no INPI

Em segundo lugar, para fazer uma boa busca de marca no INPI acesse o site do Instituto

Não apenas deverá ser levado em conta o nome exato da marca, como também outros fatores.

Sem dúvida, uma boa busca é aprofundada.

Siga, ao menos, os seguintes parâmetros:

 

Conjunto exato: você deve buscar pelo conjunto exato pretendido.

Traduções literais: você deve buscar por traduções literais do conjunto pretendido. Não só para o português, mas também para outros idiomas.

Partes e aproximações: caso não seja localizada marca idêntica (mesmo que traduzida), você deve seguir. Busque por “pedaços” do termo pretendido. Leve em consideração alterações do prefixo, do sufixo. Além disso considere variações de número e gênero.

Por exemplo: a marca XULMUN não convive com XUUMUN ou com XUUMOOM. Há clara colidência gráfica e fonética nestes casos.

Dica: Se acaso você não possuir um software de busca, tente buscar pelo máximo de variações do termo que puder.

Significado dos termos: busque por termos que possuem o mesmo significado. Só para exemplificar: Carro é similar a automóvel. Garoto é similar a menino. Mar é similar a oceano, etc. 

Afinidade mercadológica: como dito, há classes que, ainda que sejam diferentes, são afins. Ou seja, as atividades presentes em uma colidem com aquelas presentes na outra. Demos o exemplo da marca que irá atuar no mercado da moda, anteriormente. Por isso, não restrinja a busca apenas à classe escolhida.

Portanto, nesta etapa esgote as buscas por algo igual ou parecido à sua marca.

No item 5.11 do Manual de Marcas do INPI você pode verificar mais sobre colidências.

 

3º Passo para uma boa busca de marca no INPI: Análise das marcas encontradas

Em terceiro lugar, para fazer uma boa busca de marca no INPI, analise as marcas encontradas. Lembre-se de aplicar todos os critérios do 2º passo.

Com o intuito de facilitar, separaremos em grupos.

Há, basicamente, 4 espécies de marcas. 

 

• Marcas compostas por termos inventados

Sem dúvida esta espécie de marca conta com uma forte proteção. Isso porque é fruto da criatividade do seu titular. Desta forma, possui menos chance de haver algo semelhante no mercado.

Analise as marcas encontradas e identifique o que for semelhante. Considere grafia (escrita) e fonética (som), principalmente.

Lembre-se de variar a composição dos termos. Ou seja, modificar até três letras para ter certeza de que não existe algo similar.

Exemplos desta espécie de marca: Google; Waze; Itaú.

 

• Marcas compostas por termos com significado

Em contraste com a espécie anterior, esta espécie não é inventada. Se baseia em algo existente e com significado conhecido.

Analise as marcas encontradas e identifique o que for semelhante. Atente às traduções literais e às colidências ideológicas, principalmente.

Além disso, use sua criatividade e considere o máximo de variações possível. Logo após, verifique se há marcas semelhantes às variações consideradas. Uma dica é utilizar a técnica de modificação de letras do item anterior.

Exemplos desta espécie de marca: Casas Bahia; Decolar.

 

• Marcas compostas por termos genéricos

Em síntese, esta espécie descreve o nome do produto/serviço que identifica. Não apenas literalmente, mas também com algum termo relacionado.

Além disso, podem ser compostas por termos comuns. Sobre os quais não podem ter exclusividade.

Dica: Para identificar se uma expressão é genérica, verifique se existe mais de 3 registros da expressão pretendida no INPI, para o mesmo mercado. Se acaso houver, provavelmente ela é de uso comum (genérica) para o mercado pretendido. Ou seja, não é exclusiva de nenhum titular.

Exemplo de termos genéricos: “TEC”, para o mercado de tecnologia; “SWEET”, para o mercado de doces; “GYM”, para o mercado de academias.

Pois bem! Analise as marcas encontradas e identifique o que for semelhante. Verifique se apenas o termo genérico é igual ou semelhante ou se há algo que seja integralmente parecido com a sua marca.

Dica 2: Invista em um logotipo com suficiente distintividade.

Exemplos desta espécie de marca: Casa do Pão de Queijo (para casa de pão de queijo): BIG (para um hipermercado).

 

• Marcas compostas por termos comuns que, em conjunto, se toram inéditos

É provável que você esteja se perguntando: Como é isso? Vamos explicar.

Mesmo que dois (ou mais) termos sejam de uso comum, há a chance de eles formarem algo “inventado”. Só para exemplificar falaremos da marca SNAPCHAT”. Se trata de um aplicativo para conversas instantâneas (que somem logo).

Uma vez que SNAP, em inglês, pode ser traduzido para “fazer algo de forma instantânea”, como tirar foto, seria um termo genérico para o mercado. Da mesma forma, CHAT pode ser traduzido para “bate papo”, que também seria genérico para o mercado. Contudo, a junção dos dois termos genéricos criou uma expressão inédita. 

Desta forma, passível de exclusividade.

Exemplos desta espécie de marca: SNAPCHAT, POKERSTARS, NETFLIX

 

Com o propósito de lhe ajudar, elaboramos este post. Contudo, fazer uma busca de marca no INPI é algo essencial para o sucesso dos seus negócios. Por ser complexo e detalhado, sempre orientamos que seja procurado um profissional da área para realizar a pesquisa.

A 123 Marcas estará à disposição. 🙂

 

Por hoje é isso. Esperamos ter lhe ajudado a entender mais sobre a busca de marca no INPI.

Qualquer dúvida, conte conosco. 🙂