ALERTA:

– Mantenha o nome da sua marca em sigilo até CONTRATAR um especialista.

– O INPI não envia boletos. Recebeu cobrança? Não pague, procure um especialista.

A dificuldade das análises subjetivas dos técnicos do INPI

como é feita analise de marcas do INPI

 

Hoje vamos falar sobre a subjetividade com que julgam os técnicos do INPI e as dificuldades que esta subjetividade traz à sua rotina. Consequentemente, falaremos sobre a importância de se manifestar no INPI sempre que oportuno.

 

Para ilustrar melhor a realidade da autarquia, reproduzimos parte de um parecer técnico do INPI:

 

“Já é parte dos lugares comuns do mundo da propriedade industrial se afirmar que o exame de marcas é, por definição, uma atividade marcada pela subjetividade. A rigor, tal colocação se justifica na medida em que o julgamento a respeito dos níveis de confusão ou associação entre dois sinais marcários é caracterizado por margens consideravelmente cinzentas, onde tudo parece estar desprovido de contornos bem definidos, onde nada costuma ser auto-evidente

 

A decisão sobre a suficiente distância entre os sinais resta, ao que parece, eternamente refém do movimento deslocatório que o examinador realiza rumo à clássica posição de consumidor-médio. Em outras palavras, avaliar os níveis de colidência entre duas marcas significa não apenas cotejá-Ias à luz do quê julgaria este hipotético consumidor, mas também julgá-Ias de acordo com a opinião pessoal do próprio examinador, sempre obrigado a sair de si para assim realizar o melhor exame possível – não é senão por outro motivo que, com frequência, os examinadores, mesmo aqueles mais experientes, realizam pequenas “enquetes” junto aos colegas de divisão a fim de decidirem sobre a registrabilidade de determinado sinal

 

Assim, o examinador de marcas é obrigado a julgar o quão próximos são este e aquele sinais, oscilando entre homenagear a própria suscetibilidade pessoal e cuidar da propensão do público em geral em confundir as marcas sob análise: Isso sem falar nas razões e contra-razões a que ele tem acesso com o fito de elaborar o seu julgamento, quando do exame de uma oposição ou de um recurso, por exemplo, razão pela qual se pode afirmar que o que de fato existe é a construção de uma convicção que, por seu turno, não existe desde sempre.”

 

Fonte: Parecer Técnico INPI/CPAPD nº 01/2012

 

Conselhos para a subjetividade na análise do INPI ficar a seu favor

Conforme se verifica no texto acima,  os técnicos do INPI, além de levarem em conta suas experiências pessoais e eventuais opiniões de seus colegas, dão um peso grande aos argumentos de ambas as partes envolvidas na questão a ser decidida. Um exemplo clássico de questões decididas pelo órgão é se uma marca estaria “atrapalhando” a atuação de outra, no mercado. Por isso, é aconselhado realizar uma análise prévia da possibilidade de registro da marca.

 

Por isso é de extrema importância fazer o acompanhamento do processo de registro de marca e se manifestar, quando pertinente, apresentando seus argumentos e facilitando ao examinador a compreensão sobre a questão em discussão. 

 

Vemos, portanto que, caso a parte não se manifeste nos processos do INPI, é possível que seja vítima de uma injustiça, uma vez que não apresentará sua versão dos fatos e a autarquia terá que julgar com base apenas nos argumentos da outra parte. 

 

Como analogia de fácil compreensão podemos utilizar uma história popularmente conhecida: Chapeuzinho Vermelho. Todos sabem que o lobo mau, como o próprio nome diz, sempre foi considerado o vilão da história, ocorre que nunca ninguém ouviu sua versão dos fatos, mas só a versão da chapeuzinho. Será que, caso ouvíssemos a versão do lobo, nossa percepção seria diferente?

 

Luciana Possapp 

OAB/RS 78078

Roberto Meurer Soraire

Administrador especialista em direito empresarial

Roberto Soraire
Roberto Soraire
Olá, sou Roberto Meurer Soraire, CEO e fundador da 123 Marcas. Com mais de 20 anos de experiência na criação, registro e proteção de marcas, dedico minha carreira a ajudar empresas a protegerem seus ativos mais valiosos: suas marcas. Estudei Administração na ESPM, Direito Empresarial na FGV e Finanças no Instituto de Finanças de Nova Iorque. Desde a faculdade, quando comecei a trabalhar em um renomado escritório de propriedade intelectual, descobri minha paixão pelos desafios desse campo. Em 2016, fundei a 123 Marcas, uma empresa pioneira no Brasil em serviços de registro de marcas 100% online. Nossa missão é oferecer o melhor custo-benefício para nossos clientes, agregando valor às suas empresas com ética e profissionalismo. Graças ao trabalho de toda a nossa equipe, a 123 Marcas se tornou reconhecida como líder em satisfação do cliente, com avaliações positivas no Google, Facebook e TrustVox. Acredito na combinação de agilidade e economia com serviços premium online, sempre focando na essência do negócio de nossos clientes. Além de proteger marcas, sou um defensor da sustentabilidade e da responsabilidade social. Apoiamos eventos esportivos e projetos comunitários, refletindo nosso compromisso com a sociedade. Temas de Interesse: Aqui no blog da 123 Marcas, vou compartilhar minhas percepções sobre proteção de marcas e gestão empresarial. Abordarei estratégias para fortalecer a identidade de marca e proteger ativos intelectuais no mercado competitivo.